sábado, 3 de janeiro de 2015

Chineses da REN afundados em casos de corrupção ... porque é que me cheira que ainda vai sobrar para nós?!

Acabo de me deparar com um artigo do jornal i, publicado em 21 de Junho de 2014 mas que só agora vi e, se não me falha a memória, nem apareceu noticiado (pelo menos por cá....), intitulado Chineses da REN afundados em casos de corrupção e na mira Pequim, onde, tal como indica o título, é apontado o facto dos parceiros chineses escolhidos pelo governo português para mandar na energia nacional estão afundados em escândalos de corrupção, estando já na mira das autoridades de Pequim para mais multas e sanções... porque é que me cheira que ainda vai sobrar para nós?!


"Cada tiro, cada melro. Parceiros chineses escolhidos por Portas e Passos para mandar na energia portuguesa envolvidos em fraudes e corrupção..."
- Filipe Paiva Cardoso, Jornal i

Segundo o artigo, a State Grid e a Three Gorges Corp, os maiores accionistas da REN e da EDP, respectivamente, "estão a revelar-se enormes antros de corrupção, a uma escala dificilmente imaginável" reflecte a Stratfor, consultora, no rescaldo da análise às conclusões da investigação inicial a este sector na China levado a cabo pelo Gabinete Nacional de Auditoria da China (GNAC). Este gabinete apurou que em apenas quatro meses, de Abril a Julho de 2013, houve o "roubo e desvio através de irregularidades contratuais" de mais de 1,1 mil milhões de dólares, na State Grid.

"Até ao momento as autoridades de Pequim ainda não acusaram formalmente a State Grid ou a sua administração, mas Liu Zhenya, chairman da maior accionista da REN, é um dos focos da investigação. A adjudicação pela State Grid de 40 contratos no valor de 200 milhões de euros sem qualquer concurso é uma das irregularidades apontadas pelo GNAC."
- Filipe Paiva Cardoso, Jornal i

Tal como em Portugal, o sector energético na China é um quase-monopólio, cujo excesso de posição dominante por parte de poucas empresas tem impedido uma maior eficiência nos investimentos:

"Os resultados da auditoria marcam o início de uma análise mais aprofundada à State Grid e a outros nós das cadeias de fornecimento de energia da China ."

"Em alternativa, o ataque à corrupção pode apenas significar que Pequim está consciente do pesado investimento que é necessário para atingir os objectivos de longo-prazo em termos energéticos procurando assim reduzir a ineficiência e desperdício relacionados com a corrupção..."
- Filipe Paiva Cardoso, Jornal i

Entretanto por cá se isto foi noticiado passou praticamente despercebido. Fazendo minhas as palavras de um dos comentários a esta notícia: "Como parece que não temos por cá corruptos suficientes, importamos mais alguns, com os vistos Gold e com estas privatizações. Brilhante!"

E volto a repetir... porque é que me cheira que ainda vai sobrar para nós?!

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