segunda-feira, 27 de abril de 2015

Pilotos portugueses não querem tripulantes no cockpit, e porquê mesmo?

Hoje não será sobre a greve, nem as exigências dos pilotos nem muito menos porque motivo o governo não decretou, desta vez, a requisição civil...

Desde que não faltem as hospedeiras, está tudo bem», afirma Simplício, um javardo de primeira (ver link no fim da mensagem...)

Os pilotos portugueses querem o fim da obrigatoriedade de estarem sempre duas pessoas no cockpit do avião, imposição decretada pelo Governo na sequência da tragédia de há um mês nos Alpes franceses. Segundo noticia da "TSF" nesta segunda-feira, a Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea pede à tutela que reconsidere a decisão, uma vez que, no entender da APPLA, um tripulante não está preparado para estar no cockpit e substituir o piloto ou o copiloto. 

Para o presidente da Associação, Miguel Silveira, a solução passa pela possibilidade de abrir, pelo exterior, a porta de acesso, o que não é boa ideia, penso eu, pois deixa o cockpit vulnerável a ataques de terroristas e piratas aéreos (11 de Setembro!!).  Já a Associação Portuguesa de Tripulantes de Cabine, através do seu presidente Vasco Ciprestes, garante à "TSF" que estes profissionais não só estão preparados para estar no cockpit como têm formação para tal... o que me faz pensar: onde está o drama?

Portugal foi um dos países a adoptar a presença permanente de duas pessoas no cockpit, depois de há um mês um co-piloto ter feito despenhar intencionalmente um avião comercial nos Alpes franceses, aproveitando a ausência do piloto.

Ouvi um pouco desta notícia hoje ao almoço e logo na altura não me tinha apercebido exactamente do motivo... mas depois lembrei-me de uma cena de um filme chamado Airplane! (de 1980), e aproveito desde já para avisar que se trata de comédia hilariante:

O piloto automático é activado depois do último piloto abordo ter sucumbindo aos efeitos de comida estragada...

Mas, creio eu, o verdadeiro motivo esconde-se no primeiro minuto e meio deste excerto do mesmo filme:


Por curiosidade:
Passageiro javardo não se importa que faltem aviões, pilotos, desde que nunca faltem as hospedeiras, a notícia associada à imagem que usei no início desta mensagem...

Vigilante "graffita" pénis para resolver buracos na estrada... ai se a moda pega...

Um "artista" anda a desenhar pénis nos buracos das estradas da cidade de Ramsbottom, em Manchester, Inglaterra, mas com um objectivo para além da arte. A ideia força o município a tapar os buracos para esconder as pinturas.


Sem dar a cara, o homem disse ao site do jornal Manchester Evening News que as suas obras têm o nome de Wanksy ("masturbaçãozinha"), como uma brincadeira ao artista de rua britânico, Bansky. "Eu queria atrair a atenção para os buracos de forma memorável. Nada parecia fazer isto melhor do que uma cómica e gigante erecção", diz o activista.


Mas o executivo camarário não vê a graça do assunto e está preocupado que crianças vejam os desenhos. "As acções deste indivíduo não são só estúpidas, mas também incrivelmente insultuosas para os residentes", disse um porta-voz do município de Bury ao jornal.

O artista queixa-se que amigos ciclistas já foram hospitalizados devido às condições das estradas, mas que por menos ortodoxos que os seus métodos sejam, agora os buracos são tapados entre 48 horas a uma semana depois de os graffitis aparecerem nas estradas. Mesmo assim, o método não tem uma taxa de sucesso de 100%: ainda há pinturas e crateras por tapar.


Ao contrário de outros artistas de rua, o homem por detrás dos graffitis quer ver os seus trabalhos destruídos.

Ver o original (em inglês) no site do Mirror e no Sabado...

sábado, 25 de abril de 2015

41 anos atrás ...












Capas de jornais de 25 de Abril a 2 de Maio de 1974...
Documentos cedidos pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Combustíveis: igual ao litro?

Vídeo da DECO: ficarão esclarecidos sobre se devem ou não utilizar os combustíveis low cost


"Selecionámos os líderes do mercado do gasóleo no respectivo segmento: o Jumbo e o Intermarché, que são ambos low-cost, e a Galp com os seus dois representantes: o gasóleo regular, denominado Hi-Energy, e o premium, o G-force. Testámos os efeitos que o seu consumo provoca nos carros."

Conclusão: É tudo igual ao litro... literalmente...

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A (típica) crónica de filhos e enteados Parte II: A correcção...


Tarde demais reparei que na minha anterior publicação, "A (típica) crónica de filhos e enteados ...",  fiz uma acusação injusta, quando citei directamente da página Uma Página Numa Rede Social:

"Em mês de entrega do IRS, torna-se relevante recordar a brutal e implacável forma como o actual Governo procede à cobrança dos impostos do contribuinte comum, que contrasta com as facilidades concedidas aos contribuintes especiais."

O problema começou quando me alertaram para o facto de 2 desses 3 perdões fiscais, ou amnistias como parece ser o termo mais correcto, terem sido concedidos ainda nos anos dos governos de Sócrates (actualmente mais conhecido pela alcunha  do 44), respectivamente nos anos de 2005 e 2010.

Pelo que a afirmação, quando envolve "o actual governo", não deveria ser aplicada desta forma, mas dever-se-ia dizer antes que os sucessivos governos (quer PS com Sócrates quer depois PSD/CDS de Passos), no seu conjunto, contribuíram para a actual situação de cobrança de impostos do contribuinte comum, ao passo que têm vindo a perdoar (em grande) situações irregulares a contribuintes especiais... como é o caso de Salgado...

Para consultar informação mais detalhada sobre o caso dos perdões fiscais a Ricardo Salgado recomendo este artigo: SALGADO RECORREU A TRÊS ‘AMNISTIAS’ FISCAIS.

Convém dizer também que quem tem uma máquina cada vez mais eficaz na cobrança de impostos é o Estado, não o Governo (este ou outro qualquer e a evolução positiva começou com Sócrates, e muito bem). A circunstância que foi aproveitada por Ricardo Salgado também o foi por muitos outros contribuintes e, novamente, não teve nada ver com o actual Governo. É discutível se o Estado beneficiou dessa cobrança "especial" ou não, mas isso é outro assunto (os especialistas dizem que sim, o Estado beneficiou, em termos globais e considerando as reais expectativas de conseguir cobrar algo).

Queria deixar o alerta a quem lê/ouve as notícias para nunca assumirem que o que acabaram de ler ou ouvir é 100% verdade, ou erros como o meu ocorrerão...

Queria também deixar um agradecimento aos membros do grupo (fechado) do Facebook VIPP (Verdade e Integridade Para Portugal) por me terem chamado à atenção para este "deslize". É por estas e por outras que gosto deste grupo... mesmo quando estamos enganados temos logo 10 "camaradas" prontos a nos corrigir...

terça-feira, 21 de abril de 2015

A (típica) crónica de filhos e enteados ...

As duas notícias nem parecem estar relacionadas, mas o que interessa é o que se segue:


Em mês de entrega do IRS, torna-se relevante recordar a brutal e implacável forma como o actual Governo procede à cobrança dos impostos do contribuinte comum, que contrasta com as facilidades concedidas aos contribuintes especiais.

(Agosto de 2014) A solução apresentada pela ministra das Finanças para atingir os cerca de 1.500 milhões de euros que permitem atingir os 4% de défice do PIB passa pelo aumento do valor das coimas relativas a contra ordenações fiscais, avança o Jornal de Notícias. A ministra garantiu que não será através do aumento de impostos que o Governo alcançará um encaixe adicional de receita fiscal, à volta dos 1.500 milhões de euros, para atingir o objectivo dos 4% de défice do Produto Interno Bruto. A estratégia para alcançar esse valor passará antes pelo agravamento das penalizações por incumprimentos de deveres fiscais, com multas que podem atingir vários milhares de euros por contribuinte.


De acordo com o Jornal de Notícias, as coimas para contra ordenações simples, como a falta ou atraso de declarações, pagamentos indevido de rendimentos ou falta ou atraso na emissão de recibos ou facturas, pode ir até aos 15 mil euros. O valor representa um aumento de 161% face ao montante da multa, já que actualmente a sanção para este género de contra ordenações é de 5.750 euros.

As contra ordenações graves, referentes a falsidade informática ou prestação de informação falsa, terá um valor mínimo de multa de 15 mil euros. O Executivo pretende, também, obter algum proveito caso se verifique a falta de utilização de programas ou equipamentos informáticos de facturação certificados pelas pequenas empresas. Neste caso a coima pode ir dos 1.500 aos 18.750 euros.

As medidas estão definidas na proposta de lei do segundo Orçamento Rectificativo ontem apresentado.

Mas antes deste episódio...

(Fevereiro de 2013) O presidente do BES, Ricardo Salgado, terá beneficiado de três perdões das Finanças, recorrendo a um regime de ‘amnistia fiscal’, que protege, por assim dizer, quem tem património escondido fora de fronteiras portuguesas. O responsável conseguiu, a título de exemplo, regularizar 26 milhões de euros que não havia declarado, adianta o semanário Sol.

O presidente do BES, Ricardo Salgado, regularizou um total de 26 milhões de euros que tinha no estrangeiro e que não havia declarado ao Fisco; rectificou o IRS de 2011 em mais de 8,5 milhões de euros, que recebeu como consultor em Angola; e pagou 2 milhões de euros de imposto gozando de taxas estipuladas nos Regimes Extraordinários de Regularização Tributária de 2005, de 2010 e de 2011.


Tudo isto, sublinhe-se, só foi possível graças a não um, não dois, mas a três perdões das Finanças, usufruindo de outros tantos planos lançados pelos Governos desde 2005, vocacionados para quem tem património escondido fora de Portugal.

Refira-se que entre 30 de Maio e Dezembro de 2012, o presidente do BES entregou três rectificações do IRS de 2011. Fonte próxima de Ricardo Salgado garante, porém, citada pelo Sol, que a situação fiscal do gestor é “completamente regular como pode ser comprovado junto das autoridades competentes”, acrescentando ainda que o responsável “cumpriu sempre, responsavelmente, as suas obrigações fiscais em Portugal e não está em situação de ‘fuga ao Fisco’ ou ‘evasão fiscal’”.

Ricardo Salgado, que foi também ouvido no âmbito da operação Monte Branco, que reporta a um mega processo de fraude fiscal e branqueamento de capitais, não foi considerado suspeito pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal.

(Mais) Um caso (típico) de dois pesos e duas medidas? 

Ver (ou rever):
Rectificativo Multa de até 15 mil euros para quem não entregar IRS a horas

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Maioria e PS chumbam exclusividade e rotatividade dos deputados ... Afinal até conseguem chegar a acordo quando querem!

Os deputados do PS, PSD e CDS continuam a querer acumular as funções que exercem na banca privada e nos grandes escritórios de advogados.

Os dois lados da mesma moeda, nas questões que importam...

O debate devia girar em torno de um reforço das incompatibilidades dos deputados – ou mesmo da exclusividade como propõe o BE – mas acabou por descair para uma querela ideológica, com um deputado do CDS a acusar o PCP de estar subserviente a regimes ditatoriais como o da Coreia do Norte. Só o projecto socialista foi aprovado na generalidade.

A iniciativa bloquista que propunha a exclusividade dos deputados mas também o regresso da rotatividade do exercício do mandato mereceu a condenação de PS, PSD e CDS. Pedro Filipe Soares, líder da bancada do BE, defendeu a necessidade de impor a exclusividade para acabar com a “porta giratória de pessoas e de interesses que andam sempre a ser jogados do privado para o público e do público para o privado”.


Não podemos ter mais exemplos de administradores, consultores e advogados. De manhã estão num qualquer escrutínio a defender os interesses privados e à tarde na Assembleia da República a defender sabe-se lá que interesses”, sustentou o bloquista.

O mesmo argumento foi usado pelo PCP, não para defender a exclusividade dos deputados, mas para impedir que um parlamentar possa participar em negócios com o Estado através de uma sociedade de advogados ou de uma Sociedade Gestora de Participações Sociais.

Um deputado está impedido de vender uma resma de papel à Assembleia da República se tiver uma papelaria, mas se, por via de uma sociedade de advogados ou SGPS, esse mesmo deputado participar num negócio de milhares de euros com o Estado, não há nada dos estatutos dos deputados, com a interpretação que PS, PSD e CDS foram fazendo, que o impeça”, exemplificou Jorge Machado.


A “promiscuidade” de que falaram bloquistas e comunistas lançou a ira no CDS, mas também no PSD e foi criticada até pelo PS. Telmo Correia, do CDS, criticou a proposta bloquista por propor “eleger deputados sem profissão, sem experiência de vida, para serem neste parlamento meros funcionários dos seus partidos”.

“É um fato feito à medida de o BE, de uma bancada que, felizmente digo eu, vai minguando. Maior moralismo ouvimos do PCP. Estranho que esteja preocupado que um deputado possa patrocinar (na sua actividade profissional como advogado) um Estado estrangeiro, por exemplo. Durante anos, não fizeram outra coisa que não servir um império estrangeiro (União Soviética). Queremos um parlamento livre, não nos queremos sentar em Pyongyang [Coreia do Norte], onde são todos escolhidos pelo partido", afirmou, gerando protestos na bancada comunista e um pedido de defesa da honra pelo líder do grupo parlamentar.

João Oliveira lembrou que os argumentos usados pelo deputado do CDS eram os mesmos do que os lançados no antigo regime pelos “fascistas para atacar os comunistas”, sugerindo que o interlocutor não tem lugar no Parlamento. Telmo Correia respondeu: “Qual é a ameaça? Quer retirar-me daqui para quê? Para me levar para um gulag [campo de trabalhos forçados do regime soviético]?”.

Menos cáustico mas também critico foi João Lobo, do PSD, que se insurgiu contra as posições assumidas pelos comunistas e bloquistas que põem em causa “a dignidade de profissionais sérios, dignos, como os advogados”. O social-democrata rejeitou a proposta da exclusividade do BE por significar a “funcionalização” dos deputados. Já quanto ao projecto do PS, a bancada do PSD mostrou-se disponível para debater na especialidade e por isso absteve-se (tal como o CDS) para a viabilizar.

O PS também se afastou das propostas mais à esquerda (votou contra os projectos do PCP e BE). “Não me parece que seja correcto, nem produtivo colocar o debate nestes termos. Como se existisse uma pureza em alguns deputados que se sentam nesta câmara enquanto outros são facínoras e incapazes de apresentar soluções”, disse Pedro Delgado Alves, dirigindo-se para as bancadas lideradas por João Oliveira e Pedro Filipe Soares.


Pessoalmente concordo com a exclusividade dos deputados.. por mim até poderiam ser melhor remunerados mas em menor número, e obrigados a assinar um contracto de exclusividade durante a legislatura...

Mas independentemente da minha opinião sobre a exclusividade dos deputados, podemos observar dois factos nesta notícia: Primeiro ponto, esta notícia quase nem foi falada aliás ,na verdade, foi publicada à pouco mais que um mês e quem é que se lembra dela (e porque será?); E segundo ponto, conseguimos ver como rapidamente os três partidos do arco da governação ( e também da corrupção, uma vez que nunca é dada uma chance aos restantes..) se juntam nas questões que mais (lhes) importam...

Esqueçam uma estratégia conjunta para a economia portuguesa para os próximos 10-20 anos, ou um plano comum para combater a corrupção ou mesmo uma revisão conjunta da constituição... A quimera portuguesa nunca se junta para tratar desses assuntos...


Artigo Original em:

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Água, um direito humano ou um negócio bilionário?

O acesso à água (potável) foi declarado um direito humano pelas Nações Unidas, aliás Água é Vida, nas palavras de Ban Ki-moon, Secretário-Geral da referida organização ... no entanto alguns não o vêm assim...

Hoje deparei-me com este vídeo, que infelizmente não o consigo partilhar sem ser através de um link. de qualquer maneira aconselho a ver com atenção. São 8 minutos que valem a pena gastar...

Vídeo de Marafumbo Ferrugento, disponível aqui

"Gostava que vissem esta reportagem de uma televisão Alemã, mas se não virem azar o vosso, numa televisão Portuguesa não vão ver de certeza, e mais logo há futebol. Liga dos Campeões.... Não se esqueçam de ver..."

Não é um bem sem o qual a vida humana possa continuar. No entanto economistas e especuladores acham que poderá perfeitamente tratada como mais um bem especulável, tal como o petróleo ou o ouro. Mas Peter Brabeck parece discordar:

Na opinião de Peter Brabeck, a água deveria ser tratada como qualquer outro bem alimentício e ter um valor de mercado estabelecido pela lei de oferta e procura...

Existe uma notícia escrita (Aqui) cuja leitura recomendo, mas poderão ver vós próprios o vídeo que tudo resume...
Presidente da Nestlé: "Água Não É Um Direito Humano Básico."

O opinião deste senhor resume-se bem ao título do anterior video: "Água Não É Um Direito Humano Básico."

Já temos a (má) experiência cá, no caso da electricidade e dos hospitais, de como a privatização (de um bem ou serviço público) raramente atinge os efeitos prometidos: a qualidade nem sempre melhora (na maior parte dos casos só piora) e o bem ou serviço em questão não se tornam mais baratos.. pelo contrário.

O seguindo excerto da RTP ilustra, em parte, este problema que já está a ocorrer, e cujas consequências serão muito nefastas...

RTP: A privatização da água tem sido desastrosa para os portugueses...

Agora, por fim, leiam esta notícia, e pensem como será quando boa parte a da água potável estiver nas mãos de privados....

segunda-feira, 13 de abril de 2015

São mais que as mães ....

Cansado de dizer que os partidos são todos iguais? Há 22 activos e o número pode estar prestes a aumentar com o novo partido dos reformados apresentado esta semana... nem imaginava que tínhamos assim tantos...


Fica aqui o link para o artigo original...

Drones: Para matar ou antes para salvar vidas? Você escolhe...

Hoje deparei-me com este vídeo de uma aplicação bélica num drone...


Prototype Quadrotor with Machine Gun!


Pessoalmente a ideia de que um maluco qualquer com o dinheiro suficiente para comprar uma coisa destas a possa adquirir sabe Deus para que propósitos não me agrada nada. No entanto, lembrei-me de um outro vídeo que vi à uns tempos, sobre uma outra aplicação para a mesma tecnologia...

TU Delft - Ambulance Drone

Os drones são algo bastante recente, pelo menos tendo em conta o seu acesso da parte do consumidor comum. Se estas máquinas estavam inicialmente pensadas para fotografar e filmar. No entanto novas aplicações estão a ser estudadas, como por exemplo o caso das entregas da Amazon e mais recentemente, pizzas...

Um canguru muito ciente do seu direito à privacidade ...

Mais uma possível aplicação: entrega de pizzas ao domicilio...

Com estes exemplos de aplicações tão dispares, no entanto baseadas na mesma tecnologia (os drones) dei comigo a reflectir no uso que damos à nossa tecnologia e às suas aplicações ... de certa forma este exemplo dos drones não é muito diferente da aplicação do nuclear quer para fins bélicos (ogivas nucleares) quer para fins energéticos (energia nuclear).

Não culpem a tecnologia, nem os cientistas, mas sim as pessoas e a sua decisão em como utilizar as ferramentas de que dispõem...

Para matar ou antes para salvar vidas? Você escolhe...

sexta-feira, 10 de abril de 2015

"Vamos fazer estágios até sermos velhinhos? Não é solução"

Um artigo que me tocou bastante, sobretudo sendo um jovem finalista de um mestrado e já tendo passado por um estágio (curricular) também, e vendo o que poderá ser o meu futuro...

Seis em cada dez trabalhos criados em Portugal são estágios. Neste mês, arrancam as candidaturas ao Reativar, programa de estágios para maiores de 30. Precários Inflexíveis juntam-se sábado, dia 11, para organizar “resposta a este abuso”.

Neste sábado, dia 11, os Precários Inflexíveis juntam-se para delinear um “caderno reivindicativo” e organizar uma campanha de luta contra esta realidade.

O estágio profissional de 12 meses está prestes a terminar e "Joana" já sabe que não vai continuar na empresa. Os zunzuns de uma possível proposta apontam para um salário igual ao inferior ao que recebe actualmente (cerca de 690 euros brutos por mês) e não está disposta a aceitar mais essa exploração. No currículo já tem um estágio curricular não remunerado de nove meses, obrigatório para terminar o mestrado em Psicologia, e quatro meses e meio de trabalho gratuito na empresa onde está agora a terminar o estágio profissional — período em que esteve à espera da aprovação do estágio por parte do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Para ser aceite na Ordem dos Psicólogos, terá ainda de fazer mais um estágio profissional de um ano.

A vida de estágio em estágio de Joana (nome fictício) é semelhante à de milhares de portugueses que vêem nesta modalidade a única opção de entrada no mercado de trabalho. Segundo dados do Banco de Portugal divulgados no final de 2014, seis em cada dez postos de trabalho criados no país correspondem a estágios (Infelizmente não se sabe ao certo se estão a englobar os estágios não remunerados nesta estatística ou não...). 

O Cartaz

É do Design, Arquitectura, Psicologia e algumas áreas humanísticas que continua a chegar o maior número de queixas. Mas o “abuso inaceitável” da figura do estagiário é “cada vez maior e abrange cada vez mais áreas”, alerta Adriano Campos, dos Precários Inflexíveis. “Temos encontrado ofertas de estágio para operadores de "telemarketing" ou vendedores em lojas de roupa. É um absurdo.” Os estagiários, recordam os Precários Inflexíveis, têm exigências de um posto de trabalho normal, cumprem um horário, não têm férias, se fizerem estágios de nove meses não têm direito a subsídio de desemprego no fim. E sofrem ainda uma “desconsideração”, sendo sempre colocados num segundo escalão, assumindo frequentemente tarefas que não são a sua função

O estágio é claramente uma forma de nivelar por baixo a entrada no mercado de trabalho”, lamenta Adriano Campos.

Adicionalmente, neste sábado, dia 11, vai ser inaugurado no Porto (na Galeria Geraldes da Silva) um “mural da vergonha”, onde todos podem colocar propostas absurdas de emprego e estágios (“como a da Danone que dava paletes de iogurte em troca de emprego ou as de empresas que pedem experiência profissional, domínio de três línguas e 12 horas de trabalho diário e oferecem um salário mínimo”, exemplifica Adriano) e pode assistir-se à peça de teatro fórum M.E.T.2., uma produção conjunta do Núcleo de Teatro do Oprimido de Braga e da Associação Tartaruga Falante, que aborda as questões da precariedade, estágios e direitos laborais e apresenta uma crítica ao discurso do empreendedorismo. As iniciativas fazem parte do evento SOS Estagiário, organizado pelos Precários Inflexíveis, onde vão ouvir-se relatos de estagiários (qualquer pessoa pode aparecer), desenhar-se um “caderno reivindicativo” e pensar numa “forte campanha” que estará depois nas ruas e será levada à Assembleia da República em formato de petição.

Algumas das exigências a incluir estão já bem delineadas na cabeça dos activistas: maior fiscalização dos estágios por parte da Autoridade para as Condições do Trabalho, limitação do acesso a estágios por parte das empresas (com a obrigatoriedade de contratação de um em cada dois estagiários), alargamento dos estágios de nove meses para 12 (dando às pessoas a garantia de que têm, pelo menos, acesso ao subsídio de desemprego no fim do contrato), garantia de respostas mais céleres do IEFP aos processos e novas soluções para quem é obrigado a fazer estágios para entrar nas respectivas Ordens (como a dos Arquitectos, Advogados ou Psicólogos, por exemplo).

Imagem apresentada em precariosinflexiveis.

É preciso contrariar esta ideia de que as empresas fazem um favor aos trabalhadores por lhes darem um estágio. A sociedade precisa destas pessoas e ser integrado é um direito”, sublinha Adriano Campos. As perspectivas de uma reviravolta desta “lógica instalada” não são, no entanto, animadoras. 

O Governo publicou no dia 20 de Março em Diário da República o Reativarprograma de estágios de seis meses destinados a maiores de 30 anos inscritos em centros de emprego há mais de um ano. “É uma extensão da austeridade. Este Governo especializou-se em ocupar os desempregados com estágios e cursos e desde que assumiu funções fez com que se perdessem milhares de postos de trabalho.”


O futuro? Provavelmente passa por emigrar, lamenta Maria Manuel: “Emocionalmente custa-me. Mas em Portugal ou se é empreendedor ou se salta de estágio em estágio. Vamos fazer estágios até sermos velhinhos? Não é solução.”

A propósito deste tema, e sobre a notícia que falava dos números reais do desemprego sobre a qual escrevi aqui, descobri, graças aos Anonymous Legion Pt e por intermédio da página Quem Não Offshora Não Mama o seguinte:

"João Miguel Tavares, comentador de serviço da direita portuguesa, dedicou recentemente três textos contra o Centro de Estudos Sociais de Coimbra, pondo em causa o números do desemprego real (29%) avançados pela instituição.

E Tavares sabe mesmo do que fala, com um rigor, pode-se dizer, quase científico. Em 2008, João Miguel Tavares era um promissor director-adjunto da Revista Time Out, publicação que recentemente se aventurou no ramo da restauração (é a crise). Fundada há menos de um, a Time Out precisava de jornalistas, pelo que recorreu ao tradicional método do anúncio:

«Procura-se Jornalista Estagiário

Se és jovem, sabes a diferença entre “à” e “há”, és lavadinho e conheces Lisboa como a palma da tua mão, junta-te a nós! A Time Out Lisboa procura estagiários que não se importem de trabalhar de borla durante 3 meses, mas num ambiente muito agradável (e onde nem sequer se pede que nos vão buscar café).
»


Como vemos, o comentador Tavares não desmerece o patrão Tavares. O autoritarismo sobre os desempregados disfarçado com a graça de um discurso leviano."
- directamente da página Quem Não Offshora Não Mama

Pessoalmente tenho um especial interesse pela próxima edição do Governo Sombra...

Fonte:
Artigo p3.publico.pt
Mas, afinal, qual é o desemprego real?

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Empresas condenadas continuam a ter contratos milhões nas cantinas do Estado...

Depois do oligopólio das gasolineiras eis o cartel... das cantinas sociais... enfim...

Foram multadas em 14 milhões de euros por cartel e troca de informações sensíveis. Multa essa que nunca foi paga porque as respectivas acusações prescreveram. Estado continua a assinar contratos com estas empresas.


O processo acabou em tribunal e, há menos de um mês, foi declarado totalmente prescrito, ou seja, nenhuma sentença confirma ou desmente a acusação. Apesar disso, desde a primeira decisão da AdC, a Gertal e a Itau (da Trivalor), a Eurest, a Uniself, a Ica e a Nordigal (dos mesmos donos) e a Sodexo assinaram perto de dois mil contratos públicos, no valor de quase 700 milhões de euros.

As sete empresas, detidas por cinco grupos económicos, controlavam na altura o mercado e foram acusadas de trocar informações sensíveis e combinar preços, de forma a repartirem os clientes já existentes entre si. Os novos clientes seriam disputados livremente, lê-se na versão não confidencial da Decisão PCR 2007/02, de 31 de Julho de 2012, disponível na página da internet da AdC.

Investigação desencadeada depois de denúncia de um antigo diretor da Eurest.

Nenhuma acusação acabou por ser confirmada ou negada - AdC multou as empresas em 14 milhões de euros por cartelização, troca de informações sensíveis e combinação de preços -, visto que o processo, que terminou há cerca de um mês, foi declarado prescrito pelo Tribunal da Concorrência, Supervisão e Regulação.

O Tribunal da Concorrência, Supervisão e Regulação deu a acusação de cartelização como prescrita, mantendo apenas a acusação de troca de informação comercial. A coima, reduzida para 6.330 milhões, acabou também por não ser paga porque o Tribunal da Relação de Lisboa deu a acusação de "troca de informação comercial" como prescrita, revela hoje o Jornal de Notícias. As prescrições foram justificadas com "o elevado grau de litigância judicial, com múltiplos incidentes levantados pelas 15 arguidas, tanto durante a fase administrativa como durante a fase judicial", segundo fonte oficial da AdC citada pelo Jornal de Notícias.


Quando as acusações de cartel e de troca de informações de mercado foram dadas como provadas pela Autoridade da Concorrência, o Código dos Contratos Públicos já previa a inibição temporária às empresas de fornecer entidades públicas. A inibição, porém, não foi decretada pela AdC, que afirma ter tomado as medidas "que foram consideradas adequadas". Ou seja, durante e depois da investigação da Autoridade da Concorrência nenhuma das empresas estava impedida de assinar contratos com entidades públicas, relata o Jornal de Notícias.

O Portal Base, onde os contratos assinados por instituições do Estado estão publicados, revela que desde a acusação da AdC as empresas em causa assinaram cerca de dois mil contratos públicos de quase 700 milhões de euros.

Fontes:

Empresas condenadas ganham milhões nas cantinas do Estado
Empresas acusadas de cartelização ganham milhões com cantinas do Estado

terça-feira, 7 de abril de 2015

Portugal está a ser espiado!

Relatório de Segurança Interna fala em espionagem económica e clássica. Há serviços de informação de outros países interessados em obter informações sobre nós.


A candidatura de Portugal a uma das maiores extensões da plataforma continental (ver mais aqui) tem colocado o País no centro de interesses de vários serviços de informações de outros países. A espionagem, refere o Relatório Anual de Segurança Interna relativo, foi em 2014 uma ameaça à Segurança Interna ao mesmo nível do terrorismo, da proliferação de armas de destruição maciça e de organizações extremistas.

Segundo relatório disponibilizado esta terça-feira, a chamada espionagem económica é “uma realidade cada vez mais presente” e Portugal tornou-se um centro de interesse de outros países que querem saber mais. Procuram “as potencialidades, os recursos naturais, os operadores económicos, os projectos em curso e os seus intervenientes”, lê-se no relatório elaborado pelo Gabinete Coordenador de Segurança, liderado pela secretária geral de Segurança Interna, Helena Fazenda.


Há mesmo quem, de forma clandestina, passe informações sobre recursos humanos que são, assim, aliciados a trabalhar para empresas estrangeiras. O ambiente de crise económica criou condições favoráveis para o acesso não-autorizado ao conhecimento científico com elevado potencial económico para o tecido empresarial português, propiciando a transferência de conhecimento e de recursos humanos para empresas estrangeiras, em alguns casos a coberto de actividades clandestinas de recolha de informação sensível”, refere o gabinete que tem por missão coordenar as forças e serviços de segurança.

Além da espionagem económica, as autoridades preocupam-se, também, com a “informação sensível nos tradicionais planos político e militar”, assim como no económico. E reconhecem que há “meios técnicos cada vez mais sofisticados que lhe conferem maior capacidade de recolha de dados, ao mesmo tempo que torna mais difícil identificar e localizar os seus agentes”.

Em 2014, os serviços de informações de todo o País tentaram munir-se de armas para evitarem ataques cibernéticos. Motivo: acréscimo de riscos de ataques de natureza cibernética contra infraestruturas críticas, organismos estatais, organizações internacionais de segurança e defesa, bem como de empresas e de unidades académicas e de investigação de valor estratégico. Desconhece-se, para já, se o conseguiram.

O relatório dá conta, ainda, da espionagem clássica, de foro político e militar, na consecução dos interesses geoestratégicos dos Estados. Também esta tem ganhado “nova dinâmica no atual contexto europeu”. As autoridades esperam que possa vir a verificar-se em Portugal, “com o objetivo de recolher informação sensível de natureza política, que possa antecipar as posições do Estado português em determinados assuntos de relevância internacional, nomeadamente no que se refere aos conflitos armados e à definição das prioridades do Governo português em matéria de política externa”.

Fontes:

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O que é o Al-Shabab e porque é que ataca o Quénia?

A semana (que acabou de passar) da Páscoa fica indelevelmente marcada pelo massacre no Quénia, na passada quinta-feira. Perto de 150 mortos, a maioria estudantes e cristãos. Foram assassinados a tiro, na nuca, dentro da universidade por extremistas islâmicos. O que se passou dentro das salas de aula e dos dormitórios é difícil de imaginar, mas houve quem sobrevivesse, escondido entre corpos, ou dentro de um armário, para contar na primeira pessoa como foram aquelas horas de verdadeiro terror.

Tudo começou quando quatro homens armados entraram nos dormitórios. Eram cerca das 5h30 da manhã e a maior parte dos estudantes ainda estaria a dormir. Muitos deles partiriam nessa manhã até às suas terras, para poderem celebrar a Páscoa com a família. Os únicos que estavam acordados eram os muçulmanos, que cumpriam naquela altura a oração matinal. 

Segundo o “The New York Times” o silêncio daquela noite foi quebrado com os terroristas a gritarem “se querem sobreviver, saiam dos quartos!” e a outra hipótese, “Se querem morrer, não saiam!”. 148 mortos depois, sabe-se que era uma armadilha. Muitos daqueles que saíram foram executados com um tiro na nuca. Alguns deles foram obrigados pelos terroristas a ligarem aos pais para explicarem que o ataque se devia à intervenção militar queniana na Somália de 2011. Os homens da al-Shabab demonstraram uma preferência por matar cristãos. Os muçulmanos foram poupados ao massacre.


Os islamitas somalianos do grupo terrorista Al-Shabaab, com ligações à Al-Qaeda, reivindicaram o ataque. Este foi o ataque mais mortífero no Quénia desde o atentado contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairobi, em 1998, que causou 213 mortos, e que ocorreu em represália pela presença militar queniana na Somália, onde um corpo expedicionário queniano combate este movimento desde final de 2011. Na semana passada, circularam avisos sobre um eventual ataque. Os residentes locais acusam agora as autoridades de terem feito pouco para melhorar a segurança na região.

O grupo Al-Shabaab voltou a ameaçar o Quénia, este sábado, dizendo que o ataque foi uma retribuição pela presença do Quénia na Somália e pelos maus tratos aos muçulmanos que vivem no país.


"Nem a precaução nem as medidas de segurança serão capazes de garantir a vossa segurança, impedir outro ataque ou prevenir outro banho de sangue nas vossas cidades", disse o grupo num comunicado enviado por email, citado pela Reuters.

Infelizmente estes ataques não têm recebido a devida atenção internacional, tal como os promovidos pelo Boko Haram na Nigéria, ao contrário do que se passou em Paris, embora em qualquer dos casos o número de mortos tenho sido muito superior... Assim quero aproveitar esta mensagem a explorar mais o que é o grupo Al-Shabab e porque é que o Quénia tem sido, aparentemente, um alvo preferencial deste grupo onde, segundo dados oficiais, 78% dos quenianos são cristãos e 10% são muçulmanos.

Então o que é o Al-Shabab e porque é que ataca o Quénia?

O Al-Shabab é um grupo terrorista islamista que controla cerca de um terço da Somália. Traduzido do árabe para português, o seu nome significa “a juventude”.


A Somália, cuja capital é Mogadíscio, está sem um governo efectivo desde 1991. Foi nesse ano que vários grupos armados se juntaram para derrubarem o Presidente Siad Barre, cuja ditadura durou 22 anos. Desde o golpe de Estado que a Somália é disputada por facções distintas num clima de guerra civil constante. O al-Shabab é um deles e tem sido até agora o mais violento de todos.

Segundo a revista norte-americana “Council on Foreign Relations”, o Al-Shabab ganhou força a partir de 2006. Naquela altura, o governo de transição somali pediu ao exército da Etiópia, que faz fronteira a Noroeste, que invadisse o seu país e ajudasse a expulsar da capital o Conselho Supremo das Cortes Islâmicas (CSCI), do qual o al-Shabab fazia parte. A operação militar teve sucesso: o CSCI perdeu força e a sua “ala jovem” teve de se instalar no Sul da Somália. Mas foi precisamente quando estes pareciam ter ficado feridos de morte que ganharam uma nova vida.

Mais radicalizado do que antes, o Al-Shabab começou a lançar ataques às tropas etíopes a partir das suas novas coordenadas. O número de tropas subiu de 400 para mais de mil até 2008. Em 2012, aliaram-se à Al Qaeda. Hoje, calcula-se que tenha entre 7 a 9 mil militares nas suas fileiras.


Segundo o Bureau of Investigative Journalism (BIJ), os EUA fizeram entre nove e 13 ataques de drone (aviões militares não-tripulados) desde 2007 direccionados contra o al-Shabab. O número de vítimas entre os terroristas é incerto, variando entre os 23 e os 105, segundo o mesmo site.

Pelo meio, foi criada a Missão da União Africana para a Somália (MUAS), cujo objectivo é pacificar a Somália e ao mesmo tempo impedir que os problemas sentidos naquele país se alastrem aos seus vizinhos. O Uganda é o país com maior participação neste esforço, tendo destacado 6220 militares. Depois segue-se o Burundi (5338), Etiópia (4395), Quénia (3664), Djibuti (1000) e Serra Leoa (800).

E foi precisamente por ajudar neste esforço para combater o terrorismo na Somália que o Quénia tem sido um dos alvos principais da al-Shabab.

As autoridades quenianas estão a oferecer quase 200 mil euros a quem encontrar Mohamed Mohamud, líder da Al-Shabab e presumível cérebro deste ataque.

Até ao massacre de 2 de abril na Universidade de Garissa, o maior ataque do Al-Shabab em solo queniano passou-se no centro comercial Westgate, no dia 21 de Setembro de 2013. À semelhança daquilo que aconteceu na quinta-feira, onde durante mais de 48 horas, quatro homens entraram no centro comercial Westgate em Nairobi, capital do Quénia, e começaram a disparar sobre as pessoas que encontraram pela frente. Tal como na quinta-feira, o ataque foi reivindicado pelo Al-Shabab, que atribuiu a causa do ato à presença militar queniana na Somália.

Morreram ao todo 67 pessoas neste ataque.


O primeiro ataque terrorista em grande escala da Al-Shabab fora da Somália ocorreu na capital do Uganda, Kampala, no ano de 2010. O ataque consistiu numa série de explosões provocadas por bombistas suicidas enquanto um grupo de pessoas assistia à final do mundial de futebol, na África do Sul. 

Morreram aí 74 pessoas.

Ler:
Ataque a universidade no Quénia fez pelo menos 148 mortos
Grupo islâmico Al Shabab ameaça fazer novos ataques no Quénia

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Ânimos incendiários... mas não muito ...

Hoje mais uma pequena peça cómica, um anarquista britânico que tentou incendiar uma bandeira da EU...

Mas que ... ?

A conversa começa com o típico discurso anti união europeia: Que a união está corrupta (talvez com a excepção dos países nórdicos, estou para ver qual é o país europeu que não tem nem um "bocadinho"de corrupção no seu sistema..), que nos querem retirar a nacionalidade (o que neste caso em particular de um cidadão britânico só pode ser irónico já que, obviamente, deve estar a ignorar o próprio multi-culturalismo do Reino Unido, que ainda à pouco tempo se viu com um referendo que poderia ter resultado numa declaração de independência da Escócia...), genocídio do povo britânico (o que é curioso dado que morreram mais europeus às mãos de outros europeus antes da formação da UE do que posteriormente), imigração em massa e de censurar os media, ou retirada do discurso livre se preferirem (como se qualquer país europeu já não fizesse isso sozinho...) ... vejam o vídeo por vocês mesmos...

Maldita legislação europeia que só permite a comercialização de material seguro, em especial neste caso, tecidos não inflamáveis...

A minha sugestão para este anarquista, para a próxima deve-se embeber primeiro a bandeira num líquido inflamável, e só então pendurá-la e pegar-lhe fogo, e aviso para evitar ser apanhado numa eventual combustão de vapores inflamáveis à volta da bandeira deve-se incendiar a bandeira atirando um fósforo de uma distância segura... depois não digam que não sou amigo em vos avisar....

Só ao fim de 6 minutos é que lá consegue o seu objectivo... se estiverem interessados podem ver o vídeo aqui.

Anarquistas: Explicando que não são necessários governos, demonstrando todas as razões pelas quais necessitamos de alguma forma de governo...

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Manoel de Oliveira pode ter morrido... mas será imortal daqui em diante!

Hoje o país perdeu um dos seus grandes nomes... Manoel de Oliveira. Tal como desejava, filmou até ao fim...


O cineasta português tinha 106 anos. Era o realizador mais velho do mundo ainda em atividade. O seu último filme, O Velho do Restelo, estreou-se em Dezembro de 2014 na comemoração do último aniversário. Era a fazer filmes que descansava. Aliás, costumava dizer: “Quando deixar de filmar, deixo de respirar

Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no Porto a 11 de Dezembro de 1908. Entre curtas e longas-metragens, realizou mais de 40 filmes até ao fim da vida. O histórico realizador português morreu esta quinta-feira e deixa o legado de uma obra que marca o cinema europeu e mundial.

Posso não ser fã do seu estilo de cinema, no entanto sempre admirei, e não será a sua morte que me vai impedir de o continuar a fazer, a paixão e a força deste homem que mesmo com uma idade tão avançada, demonstrava sempre uma invejável lucidez e vitalidade...

Apesar dos longos 106, Manoel de Oliveira pedia mais tempo para fazer mais e melhor. Quando via um antigo trabalho, ficava sempre com a sensação que “poderia ter feito melhor”.  Tempo esse que não lhe chegou para fazer tudo o que queria, para realizar todas as ideias: "Tenho uma vontade enorme de filmar e fico muito triste se o não puder fazer", confessava numa entrevista à Visão, em 2008.

O tempo faltou-lhe, definitivamente. Durou 106 anos, filmou até aos 105, praticamente até ao fim, mesmo se achou não ter tido o tempo suficiente para concretizar todos os seus projectos. Manoel de Oliveira morreu na manhã desta quinta-feira, na sua casa na Foz, no Porto, pouco minutos antes do meio dia, de paragem cardíaca.

O corpo estará em câmara ardente a partir do final da tarde, num salão da Igreja de Cristo Rei. E o funeral realiza-se sexta-feira, pelas 15 horas, com uma pequena cerimónia religiosa, seguindo depois para o cemitério de Agramonte. O Governo decretou dois dias de luto nacional, e a Câmara do Porto decidiu dedicar três dias de pesar ao filho da cidade. E claro, como não poderia deixar de ser, todos os partidos políticos, e até o Presidente da Republica, já deixaram as suas declarações de lamento da sua morte.


Gostaria de deixar uma última frase deste grande nome que hoje pode ter morrido, mas será imortal daqui em diante:

"Todos sabemos que vamos morrer. É a única certeza que temos. Não tenho medo da morte, tenho medo do sofrimento. É na vida que se encontram todas as maldades do mundo. A morte é o descanso."
- Manoel de Oliveira, Junho de 2011

PSD e BE destacam obra de Manoel de Oliveira
Cavaco Silva lamenta morte de Manoel de Oliveira

PS: Curiosamente, à precisamente 10 anos falecia outra grande personalidade mundial, o Papa João Paulo II...