sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

"Querem saber como se destrói uma empresa? Perguntem a Zeinal Bava e Granadeiro"

Na audição de ontem no Parlamento, a bloquista Mariana Mortágua fez uma pergunta a Zeinal Bava que se tornou viral nas redes sociais.


A audição foi longa, mas com respostas sempre iguais: Zeinal Bava esteve na comissão de inquérito ao BES, repetindo as mesmas expressões nas sucessivas perguntas dos deputados. “Não tenho memória”, “não sabia, não tinha que saber”, “tenho dificuldade em dar-lhe esses números” e “não tenho responsabilidade” – sempre para fugir a qualquer responsabilidade na trágica história da aplicação na Rioforte.

Depois da audição, uma pergunta em concreto da deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, fez caminho nas redes sociais e virou um sucesso instantâneo: às 9h30 da manhã desta sexta-feira contava já com quase 400 mil visualizações no Facebook, apenas numa partilha do comediante Nilton (com um curto comentário: “Desculpem mas é preciso tê-los no sítio!!!”).

O vídeo também já chegou ao YouTube, e reporta, claro, ao investimento que a PT fez na RioForte. Ora veja:

A cara de quem foi bem "entalado" ...

Assim que acabei de ver este vídeo segui um dos primeiros links, que me trouxe a este, datado de 8 de Outubro do ano passado:

Zeinal Bava demitiu-se da presidência da brasileira OI. O português foi dos rostos mais fortes da fusão entre a OI e a PT. José Gomes Ferreira disse, no Primeiro Jornal da SIC, que "Zeinal Bava saiu pela porta pequena porque mentiu". .

Convém lembrar que, em 14 anos, Zeinal passou por quase todas as empresas da Portugal Telecom. Zeinal Bava sabe muito, mas revelou pouco. Invocou não ter memória ou já não ser responsável quando a PT investiu na Rioforte...

Em jeito de acabar, eis uma boa resposta, da mesma altura do segundo vídeo partilhado...

"Durante décadas a maior empresa portuguesa, e a primeira de dimensão internacional, a PT, era também a companhia que mais investia em tecnologia e investigação no nosso país. Era, digo. Porque é este o legado de Bava à frente da empresa que o Estado privatizou: todas as notícias positivas sobre a PT estão no passado".

Para avivar as memórias:

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O terrível balanço de 2014 pela Amnistia Internacional ... o cenário internacional

Enquanto se discute na Europa o que fazer com a Grécia, a Amnistia Internacional (AI) lançou o seu relatório anual... e as coisas estão longe de estar bem...

Amnistia Internacional critica a inacção da comunidade internacional, que em 2014 falhou "vergonhosamente" na protecção de milhões de pessoas.

No seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo, divulgado esta quarta-feira, a AI descreve 2014 como “um ano catastrófico” e “devastador” para milhões de pessoas que sofrem em zonas de guerra ou foram apanhadas pelas novas formas de conflito que despontam em vários pontos do planeta. Os exemplos abundam, da guerra civil em curso na Síria, e que em quatro anos já fez mais de 200 mil mortos, à campanha do Estado Islâmico, que se apoderou de uma extensa parcela territorial do Iraque, ao assalto a Gaza pelas Forças de Defesa de Israel que terminou com mais de 2000 mortos, aos crimes do Boko Haram na Nigéria ou à violência sectária e religiosa na República Centro-Africana e no Sudão do Sul.

Mapa que reporta as mortes de civis nos ataques de Boko Haram nas pronvíncias de Adamawa, Borno e Yobe... desde Setembro de 2010 até Abril de 2014.

A passividade e ineficácia da comunidade internacional perante a escalada da repressão, dos ataques, perseguições, abusos e violações dos direitos humanos estão patentes no funcionamento do Conselho de Segurança da ONU, argumenta a AI: no ano em que se assinala o 20.º aniversário do genocídio do Ruanda, os países manifestam a mesma incapacidade para concertar uma resposta que permita travar a violência.

A Amnistia Internacional apelou a uma suspensão voluntária do direito de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, de forma a impedir o bloqueio de resoluções quando estão em causa situações de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

A organização internacional de defesa dos direitos humanos junta-se assim aos 40 governos que defendem a adopção de um novo código de conduta no seio do Conselho de Segurança – que, segundo lamentou a Amnistia, em 2014 falhou “repetidamente” e “vergonhosamente” na protecção de milhões de pessoas sujeitas à “violência horrífica” dos seus governos ou de grupos militantes armados, como por exemplo o Estado Islâmico, o Boko Haram ou Al-Shabab.

A suspensão do direito de veto “seria um importante primeiro passo, que poderia salvar muitas vidas”, considera a AI. No entanto, a organização nota que o fracasso da acção dos membros da ONU não está só na “prevenção de atrocidades”, como comprova a multiplicação dos casos de tortura, violações, limpeza étnica e outros crimes contra a humanidade denunciados no ano passado. A paralisia da comunidade internacional também “tem negado a assistência directa aos milhões em fuga da violência” – no mar Mediterrâneo ou na Síria, onde 7,6 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas e mais de 4 milhões estão dispersas por campos de refugiados fora do seu país.

Mas, ao mesmo tempo que censura a inacção da comunidade internacional, a Amnistia Internacional também contesta algumas das medidas tomadas por muitos governos em nome da segurança nacional ou no rescaldo de atentados terroristas. “De Washington a Damasco, de Abuja a Colombo, de Baga a Bagdad, vários dirigentes governamentais continuam a justificar violações aos direitos humanos sob o argumento de que são necessárias para garantir a segurança”, diz o relatório. Para a AI, as medidas restritivas são, frequentemente, “uma das razões por que vivemos num mundo tão perigoso”, ao contribuir para a “criação de um ambiente de repressão fértil para o desenvolvimento de extremismos”.

E o panorama para o ano em curso não é animador. “Se os líderes mundiais não agirem com urgência”, a AI estima que “mais populações sejam forçadas a viver sob o controlo brutal de grupos armados, sujeitas a ataque, perseguição e discriminação”, que as crises humanitárias e de refugiados venham a piorar com o fecho de fronteiras e que os direitos cívicos e a liberdade de expressão estejam ainda mais ameaçadas “pelas novas leis draconianas antiterrorismo” ou pela “vigilância injustificada”.

No entanto, se tentarem pesquisar no Google "The Worst of 2014" (o pior de 2014) é isto que irão encontrar... filmes, música e celebridades...

Por outras palavras... um retorno à idade das trevas, só que numa escala global. Mas será que pelo menos aqui, no nosso canto à beira mar plantado estamos melhor? Não percam a segunda parte dedicada a Portugal...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Porque a vida não é somente assuntos sérios ...

Esta hoje não se trata propriamente de uma opinião ou sequer uma divulgação de uma notícia ou evento, mas sim uma pequena curiosidade com a qual me cruzei hoje...


Kolinda Grabar-Kitarović é uma diplomata e política croata. No passado dia 11 de Janeiro (de 2015), como candidata do partido conservador União Democrática Croata, ela venceu a eleição presidencial da Croácia, tornando-se a primeira mulher presidente do país.

Mas para além de uma promissora carreira política, esta mulher de 46 anos é considerada por muitos como um sex symbol, o que nos conduz ao principal motivo desta mensagem, que é a partilha desta... piada...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Vivemos num mundo de loucos, entre lágrimas de crocodilo e falsidades...


No passado dia 18 de Fevereiro ficou-se a perceber, penso eu, que estamos de facto num mundo de loucos (pelo menos a Europa nos dias de hoje...), onde agora se discute o preço da dignidade, enquanto se choram lágrimas de crocodilo...

No mesmo dia, nas "altas esferas" da UE, duas opiniões prevaleceram: O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o ministro das finanças Alemão, Wolfgang Schäuble, falaram sobre a Troika e os países intervencionados pela mesma.

"Pecámos contra a dignidade dos portugueses e dos gregos"

O Presidente da CE admitiu que a Troika não tem legitimidade democrática e criticou a postura da anterior comissão, liderada por Durão Barroso, quanto à questão grega. Jean-Claude Juncker acusou a Troika de pecar contra a dignidade dos portugueses e acusou a anterior Comissão Europeia, liderada por Durão Barroso, de confiar “cegamente” nela, conta a TSF, citando a agência EFE.

Pessoalmente estou farto de ouvir declarações deste tipo, não porque não sejam verdadeiras, mas porque acabam por se traduzir em nada na vida das pessoas nos países afectos à Troika. Já Christine Lagarde, do Directora-Gerente do FMI, tinha feito declarações deste tipo, admitindo que a austeridade estaria a causar mais problemas do que a solucioná-los à mais de um ano, e embora fosse verdade, nunca se traduziu em nada.

Por outro lado:

Portugal "é a prova" de que ajuda financeira funciona bem, diz ministro alemão...

Já o ministro das Finanças da Alemanha, Schäuble, considera que Portugal é a prova de que, em geral, os programas de assistência financeira funcionam bem. Todos sabemos como de facto este programa funcionou bem, quer para os que passaram a estar desempregados, quer para os que tiveram de emigrar, quer para a classe média em geral claro... Já a conversa da regras e da confiança mútua é muito bonita, sobretudo vindo de um ministro cujo país viu a sua dívida perdoada em 63%, em boa parte gerada pelas duas guerras mais sangrentas de que há registo...

Já nós por cá...

"O preço da dignidade", henricartoon.pt.

O ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares classificou esta quinta-feira as declarações da véspera do presidente da Comissão Europeia como infelizes, garantindo que a dignidade de Portugal "nunca foi beliscada" pela Troika.

"Acho, manifestamente, que é uma declaração bastante infeliz do presidente da Comissão Europeia, porque nunca a dignidade de Portugal nem dos portugueses foi beliscada, pela Troika ou qualquer das suas instituições. Só posso classificá-la como declaração infeliz", afirmou Marques Guedes, na conferência de imprensa após o conselho de ministros, em Lisboa. Poderá ler com maior pormenor no artigo original do Expresso.

A revolta contra a austeridade já chegou ao Parlamento Europeu... foto "censurada" pelos media portugueses convencionais (pelo menos) desde Abril de 2013...

Mas de volta ao "do melhor se faz na Europa", independentemente do ridículo das declarações de Juncker e da falsidade das de Schäuble, o relevante é que as contradições destas declarações, relembro, feitas no mesmo dia e sobre o mesmo tema, demonstram a falta de rumo nesta (des)união, e como o sonho de uma Europa Unida, baseada na dignidade do ser humano, sustentada na solidariedade social e orientada para a paz e prosperidade dos povos, parece estar a desmoronar-se a cada dia que passa...

O problema é que somos geridos por um conjunto de políticos profissionais e funcionários superiores que se regem por princípios indignos, sendo na sua essência uns corruptos, vendidos e hipócritas. Mas pior que tudo isto é: são tudo isso (e até muito mais) porque todos nós deixamos que assim seja!

Como diz Carlos Paz, no artigo onde hoje me inspirei: Acordem Porra!!!


Em jeito de terminar por hoje, deixo um vídeo interessante, que descobri hoje de manhã, enquanto vos escrevia esta mensagem, que toca quer o recente caso "Swissleaks" quer as negociações sobre o futuro da Grécia.

"Quem está aterrado e desesperado, completamente desorientado a rosnar ameaças a torto e a direito, é a Alemanha, porque a Alemanha é o grande beneficiário da UE" - Garcia Pereira

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A crise grega e a história que contaram aos alemães ...

Parlamentares alemães que exigem o pagamento da dívida na íntegra, ignorando que a sua própria dívida foi perdoada em aproximadamente 62% após a Segunda Guerra, no chamado Tratado de Londres (1953), mas que desconhecem por completo os números reais dos últimos 2-3 anos...

Vídeo no youtube de Projecto tretas.org

A Ignorância é de facto uma das maiores e mais poderosas armas que a classe governante (não necessariamente só políticos) pode usar sobre o seu próprio povo e media, e os media sobre o povo mas isso agora é um pouco redundante, neste caso para aumentar a fricção entre os diversos europeus, sobretudo entre alemães, que acreditam que a Alemanha está a despejar dinheiro para o lixo ao emprestar milhões e milhões para a Grécia, e gregos....

Vista do interior do Palácio Reichstag, o parlamento Alemão.

Como se isso não bastasse tem-nos sido transmitida uma imagem de que os gregos, no presente, estão deitados ao sol, a beber vinho e a "curtir a vida", enquanto esperam que a dívida seja perdoada, quando na verdade o que existe é um desemprego galopante e mesmo os que trabalham não conseguem reunir dinheiro suficiente ao fim do mês para terem uma vida com um mínimo de dignidade. Parece-vos um algo familiar?

Por último, um quadro que mostra, em parte, o que é falado no vídeo.

Exportações e importações da Alemanha, Grécia e Portugal no seio da UE

Links que recomendo, alguns poderão estar um pouco desactualizados mas fica a mensagem global:

Alemanha ganha 41 mil milhões em juros com crise na zona euro
Faz 60 anos que a Alemanha teve perdão de dívida pública de 62%
Grécia poderá reclamar mais de 150 mil milhões de euros de dívidas à Alemanha
O mito de que é a Alemanha que financia a União Europeia

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Ladrão que pede perdão, tem 100 anos de perdão?

Mais uma notícia, no mínimo, esquisita...

"Os acusados de corrupção podem não ir para a cadeia se mostrarem arrependimento e devolveram os bens ou do dinheiro."É uma das propostas de alteração ao Código Penal que será votada depois de amanhã no Parlamento.

No entanto, se os corruptos já tiverem sido acusados não têm perdão e se tiverem sido corrompidos há mais de 30 dias também não têm perdão.


Portanto, se mostrarem arrependimento, ninguém vai preso e todos ficam amigos? E se experimentar roubar um chocolate, mas depois devolvê-lo e pedir desculpas, será que não me acontece nada? 

A lição do dia parece ser: 

Rouba. Se não fores apanhado... tudo numa boa. Se fores, pede desculpas, devolve o dinheiro e não se fala mais no assunto....

Sugiro um outro "avanço", uma espécie de indulgência, ao estilo da Idade Média: Pagar em avanço por um crime que se vai cometer... parece bem não parece?

Já agora que se fala em arrependimento....

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Paguei antecipadamente o empréstimo!

Paguei antecipadamente o empréstimo! Por Jacinto Furtado oferece uma perspectiva interessante sobre o facto, e sobretudo sobre como tem sido anunciado pelo governo... como uma "pseudo-bofetada" quer à crescente popularidade do Syriza quer à oposição em geral...


Fui ao banco e fiz o pagamento antecipado do empréstimo que tinha contraído. Fiquei satisfeito, contei a toda a gente, contei aos amigos, contei aos conhecidos, contei aos inimigos e até contei a um tipo grego que conheci tempos atrás.

Tinha feito um excelente trabalho, pagar antecipadamente o empréstimo vinha justificar tudo o que tinha feito nos últimos tempos.

Para alcançar este objectivo tinha despedido a empregada doméstica, cortei o pequeno almoço e o lanche aos putos, ao jantar comiam sopa com um naco de pão duro, molhado na sopa fica como novo, sim porque esta malta estava habituada a comer bifes, razão tem a Isabel Jonet, há realmente maus hábitos, sopinha e pão duro é muito bom. Cortei nos medicamentos, gripes lá em casa passaram a ser tratadas com chá de limão com meia colher de mel e um cobertor. As mesadas da criançada levaram um brutal corte e muito mais coisas, tudo em nome dum nobre objectivo.

Mas finalmente podia dizer que eu é que percebia, eu é que sabia como se geria a coisa pública, perdão, a coisa familiar. Reuni a família para dar a boa nova, quando estavam todos sentados e calados dei a notícia…

“Paguei antecipadamente o empréstimo!”

Fantástico silêncio, ficou tudo boquiaberto… Magnífica sensação, no meio de toda a emoção pergunta a minha filha mais nova “Pai, conseguiste pagar isso com o dinheiro da empregada, das nossas mesadas, da nossa comida, dos nossos medicamentos e de todas as outras coisas que nos tiraste?”

Raios partam a miúda, com esta é que ela me lixou, não estava à espera da pergunta, há sempre alguém que faz perguntas inoportunas e que destrói a festa alheia.

Lá tive de lhe dizer que não foi bem isso que aconteceu. Lá tive de lhe explicar que o dinheiro da empregada, do brutal corte das mesadas, da comida, dos medicamentos e de todas as outras coisas não serviu para pagar a divida mas sim para contratar uns amigos como assessores, como consultores, colocá-los em posições boas para que nada lhes faltasse.

Lá tive de lhe dizer que na realidade até devemos mais do que devíamos. Lá tive de explicar que para pagar antecipadamente o empréstimo tive de fazer outro, é certo que por mais tempo e com um juro mais baixo, mas na realidade tive de fazer outro empréstimo.

O raio da miúda volta à carga e diz “Oh Pai afinal não pagaste o empréstimo, o que tu fizeste foi uma transferência de crédito. Continuas a dever mas agora deves a outro!”

Pronto, com esta fiquei arrumado, nada mais a dizer. Todos tinham engolido o conto para crianças menos a criança que estava atenta e percebeu que afinal tudo não passava duma manobra de propaganda.

Nota do autor: Qualquer semelhança entre esta narrativa e qualquer outra realidade é pura coincidência.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Perdidos e Achados ...

E não é que a petição para a reabertura da comissão de inquérito aos submarinos... desapareceu no Parlamento?! O documento, assinado por aproximadamente 10 mil pessoas, foi submetido por via electrónica no dia 22 de Janeiro e aparentemente, passados todos estes dias desde então, os serviços da AR (Assunção Esteves) não o conseguem localizar na plataforma das petições online da Assembleia da República..

Devem-nos ter perdido no mesmo canto onde perderam, à muito tempo, a moral para falarem de integridade e de "deixem a justiça funcionar" ... como se trata de submarinos talvez tenham submergido... mas voltarão à superfície?

Lembrar que a compra dos submarinos foi acordada em 2004 pelo então ministro da Defesa, Paulo Portas...

Um dos autores da petição, Rui Martins, que tem o comprovativo da submissão do documento no site da Assembleia da República, não estranha o cenário, admitindo que o texto, que tem novos dados sobre o caso dos submarinos - referindo nomeadamente reuniões do GES - possa ter sido descartado antes de ser admitido. Confrontado com a resposta do Parlamento, repetiu o envio da petição, que teve origem numa carta assinada por 8000 pessoas e que foi entregue à Procuradoria-Geral da República no início de Janeiro, contra o arquivamento do caso.

As petições dirigidas à AR são endereçadas à presidência da Assembleia e apreciadas pelas comissões competentes em razão da matéria em apreço. A comissão parlamentar competente deve apreciar e deliberar sobre as petições em 60 dias. Do seu exame pode resultar a iniciativa de inquérito parlamentar ou o seu arquivamento. No primeiro caso, a petição será depois apreciada pelo hemiciclo.

Assim conseguimos ver o valor dado à justiça pelos nossos governantes... Nos últimos tempos não têm faltado notícias, "aos bochechos", sobre Sócrates e até como este terá chorado ao telefone para não ser apanhado pela justiça, mas dos submarinos só recebemos silêncio e documentos "desaparecidos". Mas caso Costa vença as futuras legislativas talvez se faça mais luz sobre este caso (a menos que também haja alguém do PS associado), ao preço de eventualmente o caso do Marquês ir por água abaixo. Amigos amigos, justiça à parte...

Neste link poderá ler algo mais sobre esta carta aberta...

A notícia original em:
DN: www.dn.pt
JN: jn.pt/PaginaInicial

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Para provocações tristes, respostas inteligentes ?!

Aparentemente nem todas as provocações tristes vêm acompanhadas de respostas igualmente tristes...

Eu sei que se passou pouco tempo desde que o Syriza ganhou as eleições gregas, mas nestas duas semanas (aproximadamente) a bolsa grega já desceu bastante, e voltou a subir depois disso, a esquerda "radical" coligou-se com pessoal de direita, e Yanis Varoufakis, o novo ministro da finanças grego, já viajou por alguns dos mais importantes pontos do momento. Porém, hoje só vos queria transmitir isto:

Yanis Varoufakis respondeu, através do seu assessor, a Passos Coelho.

Só para recordar, o primeiro ministro português afirmou, no dia seguinte à vitória do Syriza que aquilo que está no programa do governo grego que tomou posse "é um conto de criança". "Não existe", disse Passos, adiantando que este terá "dificuldades em conciliar-se com as regras europeias".

Convém lembrar que entretanto o novo governo já tomou posse e a Grécia não caiu, pelo que as coisas não devem estar a correr assim tão mal. É claro que ainda falta muito... mas como se diz, é preciso dar tempo ao tempo.

Retomando o assunto principal: a resposta do executivo já chegou, através do gabinete de Varoufakis. O assessor, citado pelo Diário Económico, lembrou que "os contos de crianças trazem sempre esperança".
Na agenda grega do périplo europeu em que se encontram também estará uma visita a Portugal. "Assim que for possível", confirmou, afirmando que ainda não contactou  o governo português para o efeito. Segundo a mesma fonte, o ministro "atribuiu grande importância à relação entre os dois países, uma vez que a Grécia e Portugal estão no mesmo barco".

Para terminar, quero partilhar uma notícia que acabo de receber:
Erradicação da pobreza. UE defende maior empenho dos países mais ricos


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Sobre corrupção, fugas, criancices e mentiras ... this is why we can't have nice things!

Embora não tenha tido tempo para vos escrever, sobretudo numa altura repleta de notícias e factos, maioritariamente relacionados com a vitória do Syriza, hoje arranjei um "tempinho" para abordar o tema da corrupção dos gregos. Aparentemente a grande ofensa partiu daqui:


A versão mais completa, para quem tiver interesse:


Mas será que a corrupção é um mal somente grego? Será que o espírito de "roubar o estado sempre que possível" não estará disseminado um pouco por toda a Europa, quer a chamada pequena corrupção quer a de grande nível?


Aliás...



E se uns andaram  a esbanjar e a fugir, os que pagavam nem sempre viam a quem andaram a dar ... lembrei-me quase de imediato de um documentário (de quase uma hora) emitido pela SIC Notícias no seu regular programa "Toda a Verdade":


Existe uma expressão cómica em inglês que é na minha opinião a melhor conclusão depois de todos estes vídeos: "this is why we can't have nice things" ...

Já agora, como respondeu o nosso governo, o primeiro ministro nomeadamente, parte da dita Europa "responsável", isto é, a que quer assumir os seus compromissos?


E que tal este "conto infantil"?